Palácio Altemps... além do tempo!

O Palácio Altemps faz parte dos Museus Nacionais Romanos e está entre os mais bonitos de Roma, na minha opinião. Você quer algumas razões para visitá-lo?! Vamos, lá: no primeiro domingo  de cada mês o Museu é aberto ao público, não tem desculpa de ter que pagar, ser caro, etc., segundo, ele é super bem localizado, ao lado da Piazza Navona e terceiro, possui coleções de arte grega, romana e egípcia, que você não vai encontrar em outro Museu.

O bairro judeu de Roma: Gheto

O bairro Gheto, em Roma, é um dos mais antigos da Europa. É o lugar onde os judeus foram obrigados a viver isoladamente de 1550 até 1870, ano da unificação da Itália e continua sendo o coração da comunidade judia em Roma.

Conhecendo Roma: Villa Cellimontana

Hoje vou falar de um lugarzinho quase secreto em Roma e amado pelos romanos. Entre o Coliseu e as Termas de Caracalla, uma das áreas verdes da cidade, frequentadas por moradores e alguns poucos turistas: o Parco Celio, uma das 7 colinas de Roma!

A Villa Celimontana é a Sede da Società Geografica Italiana, que todos os anos organiza ali, o Festival da Literatura de Viagem, dedicado ao relato do mundo através de diversas formas de narração de viagem, de lugares e culturas: da Literatura à Geografia, da Fotografia à Música, da Antropologia ao Desenho, do Jornalismo à História. Encontros, mostras, prêmios, laboratórios, visitas guiadas, leitura, concertos. A que eu tive a oportunidade de participar foi a VIII edição, que aconteceu de 11 a 13 de setembro de 2015.

Assisti as apresentações: Per vie diverse (Por vias diferentes), com o relato superinteressante de Darinka Montico, que viajou toda a Italia, sem dinheiro, recolhendo sonhos, autora do livro WalkaboutItalia e da Professora Flavia Cristaldi, docente de Geografia, da Universidade Sapienza, que escreveu um livro sobre Imigração Italiana no Brasil, entre outros.

Um evento maravilhoso, totalmente novo pra mim, que nem gosto de viagens...kkk... Foi  a oportunidade perfeita pra conhecer  a Sociedade Geográfica Italiana, que conserva alguns dos mapas mais importantes da Itália, e o parque Celio, que é muito bonito! Pena que ninguém fala dele!!!

No intervalo do evento, pausa para um lanchinho, una passegiata e uma surpresa... famílias passeando, pessoas tomando sol nos gramados, esculturas e fontes, gente passeando com cachorros, um lugar supergostoso para curtir o fim de semana ou para dar

aquela fugida do calor abafado do centro!

Para saber mais:

Endereço: Via della Navicella - Bus 81 saída da Piazza Venezia - descer no ponto em frente ao Parco Celio/Villa Celimontana.

Festival della Letteratura di Viaggio: wwwfacebook.com/festivaldellaletteraturadiviaggio

Darinka Montico: www.facebook.com/Walkaboutitalia

Biblioteca Angélica

Bem perto da Piazza Navona, em pleno centro histórico de Roma, está a Biblioteca Angélica. Ela foi fundada em 1604 pelo Bispo Angelo Rocca. Foi a primeira biblioteca européia aberta ao público e a segunda aberta na Italia em 1609,  depois da Biblioteca Ambrosiana em  Milão. Estima-se mais de 120.000 volumes e você pode usar a Sala de Leitura, basta preencher uma ficha e levar um documento.

A cúpula que não é cúpula!

Quer conhecer algo bem inusitado em Roma?! Se você estiver na Via del Corso, sentido Piazza del Popolo entre à esquerda na Via di Caravita até a Piazza San Ignazio, ali você vai encontrar a Igreja Barroca de San Ignazio Di Loyola. Construída entre 1626 e 1685, é dedicada ao Fundador da Ordem dos Jesuítas e por isso, muito admirada por quem estudou em colégio jesuíta. Está é a segunda Igreja, a original, se localizava no Colégio Romano, nos arredores.

Você irá se surpreender com o teto dessa Igreja, é realmente muito bonito, gastei um bom tempo, admirando-o, ele representa a entrada de San Ignazio no Paraíso. Os afrescos são de Andrea Pozzo, pintados em 1685. Depois segui pelas capelas laterais, com esculturas lindas! E também está exposta a maquete do Templo de Cristo Rei, obra do marceneiro Napolitano Vicenzo Pandolfi, que quis representar um templo único que unisse todas as igrejas em Cristo.

Mas o mais interessante está sobre o altar principal da igreja: a sua cúpula! Caminhe até bem próximo da cúpula e observe bem! A cúpula não existe de verdade, ela é uma pintura!! Era para ser uma obra temporária, mas por falta de fundos, o jesuíta Andrea Pozzo a pintou em óleo sobre tela. A perspectiva ficou tão perfeita, que a pintura de 1685 está lá até hoje.

Caminhe pra direita... pra esquerda e veja que interessante, como a abertura da cúpula, muda de lugar! É perfeita!!!

Roma sempre surpreende!